Foto: Lágrimas da Natureza
Rogo aos pingos de chuva que caiam e traga a vida!
Há tempos que não os sinto, quando romperão?
Tão logo meu coração secará, tornar-se-á uma rocha
Então será tarde demais, porém tão cedo o é!
...
Passo as madrugadas a chorar minha sina
Pela Aurora vagueio em plena neblina
Quando vem o sol durmo, exausto e só
E noto sentir um calor desatar na garganta um nó.
...
Então grito, esperando que se saia algum som
Sinto-me sendo rasgado pela angústia,
Enxergo a noite, embaraçado pelas lágrimas
Vivo a vida, dura e áspera sem quaisquer rimas.
...
Enfim, acordo na desiludida solidão da noite fria
E um fluxo sinto correr por entre as minhas vias
Remexe-me a garganta num brado iminente
Afinal posso rasgar a dor num grito estridente.
...
E eis que chove, grossos pingos de uma chuva morna
Eles refrigeram minha vida tão vazia
Tenho a esperança de que floresça em meu coração
Um amor e flores, uma paixão e rosas, e poesia.
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