sexta-feira, março 25, 2005

Songs From A Secret Garden

Existe algo mais belo do que adentrar o mundo de um Jardim Secreto, escondido em algum lugar da vastidão da mente. Como é gostoso ouvir os instrumentos que com sofreguidão compõem a música que dá título a este post.
No início um piano canta, carrega em suas teclas todo o romantismo provindo do coração de um pianista que toca com suas mãos disciplinadas o teclado de marfim e ébano, delicadamente deixando-se levar pela batida carregada de intenso lirísmo, porque os instrumentos cantam a música que vai diretamente à alma. As notas percorrem os labirintos do nosso espírito, assim flutuamos ainda mais aos céus, dançando sempre a música eterna.
Um violino vem chorar docemente ao lado do sôfrego piano que cansado cede o seu espaço ao mesmo, ele inicia sua notas rasgando com a sua música o véu que nos separa do mundo das almas, e termina por compor as notas que faltavam para dar a graça desejada. A música nos abre uma via a qual caminharemos ao mais distante dos átrios celestiais, ela nos mostra um atalho para que cheguemos até Deus.
Aos poucos a música vai morrendo, nossa alma enlevada aos céus, aos poucos vai descendo e tomando o seu lugar dentro da camisa que a envolve, o corpo material que vemos quando nos miramos no espelho, enfim, recobramos a mente e caímos na realidade do mundo. Já se foi a música que nos fez dançar a alma e enleva-la acima dos sete céus, mas a mesma pode sempre voltar, assim que quisermos voar, porque somente ela tem o poder de nos fazer com os pés no chão se elevar ao vento e flutuar, voar aos mais distantes lugares do nosso vasto interior.

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