quarta-feira, outubro 26, 2005

No title

Vomitar, colocar para fora tudo que está entalado na garganta.
Gritar, fazer-se ouvir a voz que perde força a cada dia que se passa;
Bater, socar o corpo que se encurva sob o peso das tribulações;
Pensar, fazer valer os conceitos que a vida impõe sobre todas as coisas;
Revidar, pois nem sempre o modelo que se segue é o verdadeiro e certo;
Quebrar, o sigilo e as regras, as exceções e os padrões;
Ver, enxergar através do escuro a silhueta dos medos e enfrentá-los;
Cantar, exercitar as cordas vocais, amaciar a alma, protestar, dizer não;
Enlouquecer, quando se perde a vontade de continuar são;
Chorar, quando a música vier e deitar o seu espírito sobre nós,
Ou, quando a noite chegar e o mundo ficar escuro demais;
Vibrar, quando tiver alguém te esperando em casa;
Rir, quando os amigos surgirem sem responsabilidades;
Viver, cada dia como se fosse um último crepúsculo e,
Ter a esperança que o sol irá alvorecer mais uma vez.

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