domingo, janeiro 30, 2005

Ora pombas!

Denota-se pela cara de satisfação tremenda de todos que alí estavam ao mordiscar o lanche exageradamente calórico, que realmente o hot-dog estava muitíssimo saboroso , apreciado também pelos pombos que lutavam por migalhas caídas pela nossa falta de jeito em comer o pobre do cachorro-quente, uma cena curiosa, por volta dos meus pés as aves disputavam e se jogavam ao encontro dos resíduos do meu lanche, elas corriam, ou melhor, pulavam, cada vez mais rápidas, e a mais esperta conseguia absorver tudo sem deixar nenhum vestígio do que eram migalhas! Isso aconteceu num dia no qual eu sai para almoçar e passando em frente a uma espécie de trailler, onde vende hot-dogs, que por sinal são uma delícia, me deu vontade de comer um lanche alí, logo fiz o meu pedido e me sentei para comer sossegado, foi quando notei esta cena curiosa, a cena de três pombas alvoroçadas se alimentando das migalhas que caíam do meu "cachorro", daí então fiquei as observando em volta das minhas pernas, não sei porque mais achei esta cena um tanto interessante, decidi postá-la aqui!

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Back On The Road


Back On The Road
>> Joe Egan

Making our way through the country
We're back on the road in the night
Come a long way from the city
We're back on the road in the night, yeah
Don't know where we're going
I don't even care
You're so far away from me
And there's nothing special here
To take away the longing
Hm, hm, hm, hm....
Passing the time we're just drinking the wine
We're just back on the road in the night, yeah, yeah
Venus and Mars we're just picking out stars
We're just back on the road in the night
Spend most of my time
Just thinking of you
You're so far away from me
And there's nothing I can do
To take away the longing
...
"A noite cai sobre a terra e os homens solitários correm em busca de horizontes perdidos, as estradas se enchem de aventuras e de sonhos por sóis resplandecentes, os corações cativados sempre voltam para casa quando cai a noite, a noite sempre morre numa triste manhã, assim como também padece os sonhos dos boêmios que vivem à noite e da noite tiram o proveito da razão de sua existência. O cair da noite..."

terça-feira, janeiro 25, 2005

400+50+1= 451 Anos

Aqui nasceu São Paulo!!!
São Paulo faz hoje quatrocentos e cinqenta e um anos, não poderia deixar de postar sobre esta data que é tão importante para os paulistanos natos, ou até mesmo àqueles que são paulistanos de coração e não de nascimento, como eu, ou talvez, você!
Parabéns para todos aqueles que ajudam a fazer desta cidade uma grande cidade, esta selva de pedra que cresce a cada dia, que acorda cada vez mais cedo para se fazer grande a cada minuto, parabéns à você que para arrancar o alimento desta terra que te alimenta, enfrenta transportes coletivos de má qualidade, trânsitos a se perder de vista, além de perigos e muita correria no dia a dia, parabéns para você que é cidadão e colabora para uma cidade mais limpa, digna de ser nossa, pois a cada metro quadrado deste domínio é a nossa tão bem querida Sampa, parabéns à você que se indigna com a degradação de nosso patrimônio e faz, pelo menos, um gesto para dizer não ao vandalismo, pois a nossa casa é grande e sozinhos não temos domínios nela, mas uma multidão é apenas uma multidão se cada um for cada um, mas ao se tornar um povo e seus objetivos se tornarem únicos, se caminharem com o mesmo propósito e, se formarem um bloco indestrutível que trabalha e sonha por dias melhores, aí sim seremos o povo mais feliz do mundo, pois a nossa cidade é fruto da nossa união.
Parabéns São Paulo, que acolheu a mim e a minha família de um modo que nenhuma outra cidade poderia suportar, espero que daqui pra frente nossos governantes venham olhar com justiça para nossa metrópole, ao mesmo tempo velha e jovem, porque os anos passam, isso é imprescindível, mas seu povo se renova a cada geração.
Te quero minha cidade, bonita e saudável, para quem sabe um dia, poder aqui os meus filhos criar!

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Kathy's Song

Não poderia nunca deixar de postar "Kathy's Song (Paul Simon)" - Simon & Garfunkel...

I hear the drizzle of the rain * Eu ouço o chuviscar da chuva
Like a memory it falls * Como uma memória ela cai
Soft and warm continuing * Suave e morna continuamente
Tapping on my roof and walls * Tateando meu telhado e paredes

And from the shelter of my mind * E da proteção da minha mente
Through the window of my eyes * Através da janela dos meus olhos
I gaze beyond the rain-drenched streets * Eu olho além das ruas ensopadas de chuva
To England where my heart lies * Para Inglaterra onde meu coração mora

My mind's distracted and diffused * Minha mente está desatenta e desarmada
My thoughts are many miles away * Meus pensamentos estão muitas milhas além
They lie with you when you're alseep * Eles estão com você quando estás dormindo

And kiss you when you start your day * E lhe beija quando você inicia seu dia

And a song I was writing is left undone * E uma canção que escrevia é deixada sem terminar
I don't know why I spend my time * Eu não sei porque eu perco o meu tempo
Writing songs I can't believe * Escrevendo canções que não acredito
With words that tear and strain to rhyme * Com palavras que rasgam e desgastam a rima

And so you see I have come to doubt * E portanto veja você, eu cheguei a duvidar
All that I once held as true * De tudo aquilo que certa vez agarrei como verdade
I stand alone without beliefs * Eu permaneço sozinho sem crenças
The only truth I know is you * A única verdade que conheço é você

And as I watch the drops of rain * E enquanto assisto as gotas de chuva
Weave their weary paths and die * Tecerem seus caminhos cansativos e morrerem
I know that I am like the rain * Eu sei que sou como a chuva
There but for the grace of you go I * Lá, não fosse pela sua graça, vou eu

Existem momentos na nossa vida no qual procuramos algo que resuma tudo o que temos em nosso coração, quase sempre uma bela música marca tais passagens, a música tem o poder de transformar o homem, de tocar a alma do mesmo, pois quando a inspiração vem de Deus, ela é eterna, os acordes e as letras casam-se numa união inseparável e os homens ficam diante de algo vindo diretamente do céu.
A música é eterna quando toca a alma, pois a alma é eterna e sendo assim a música é uma dádiva divina.
* Essa música eu coletei do site: http://whiplash.net

domingo, janeiro 23, 2005

Romaria

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamento
Sobre meu cavalo
É de laço e de nó
De jibeira ou jiló
Dessa vidaCumprida à sol

Sou caipira pirapora nossa
Senhora de aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
Em busca de aventuras
Descasei, e joguei
Investi, desisti
Se há sorte, eu não sei, nuca vi

(Refrão)

Me disseram porém
Que eu vivesse aqui
Pra pedir em
Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

(Refrão)
Composição: Renato Teixeira

Uma Dia de Domingo

Um dia de domingo plenamente azul combina com ouvir Elis Regina, uma voz gostosa de se contemplar, que transforma a tarde em uma gostosa paz, sua música é muito contemplativa, pois ela tem o poder de nos fazer viajar por outros tempos, tempos e lugares distantes de nossa selva de pedras aonde vivemos e morremos um pouco todos os dias.
Neste exato momento estou ouvindo "Romaria" composição do Renato Teixeira, mas interpretada pela Elis, essa música me faz lembrar o bucolismo do Barroco obrigatóriamente impresso nos livros de literatura da escola, o homem desse período, levado pela falta de perspectiva perante a sujeição diante da sua condição de mortal, dizia ser a vida passageira, e essa transitoriedade da vida, relacionada à presença da morte e da degradação física e moral foram marcantes na arte produzida no barroco. "Romaria" evoca essa atmosfera de incerteza, a falta de perspectiva do homem e a sua vida errante que o faz buscar Deus em procura da salvação de sua alma, que é eterna. Esta música tem uma verdade explicita nela, a afirmação de que vida é uma passagem e de que a morte não existe quando se está com Deus.
Empoeirados de arte rebuscada o Barroco reluz ao brilho do ouro das Igrejas encantadas, os seus cantares melodiosos ainda está a nos rondar nas letras de muitas músicas que hoje refletem a profundidade das letras douradas de um tempo antigo, não tanto assim, mas rebuscado por natureza. Na verdade, acho esta música muito verdadeira e subjetiva!
Domingo combina com sol e sombra, caminhos curvos e retos, céu azul e chumbado de nuvens brancas, ventos e calmarias, cortinas de rendas espalhadas por todos os lados fazendo transparecer a luz do sol e, sossego, ouvindo Elis.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Jazz for the Rainy Afternoon...


A tarde hoje foi um tanto chuvosa, grossos pingos de chuva se debatiam ao encontro do solo, molhavam as casas e as pessoas desprevenidas que passavam ao relento, as árvores, mais do que orvalhadas, carregavam um grande volume de água distribuída por sua copa, a floresta de eucaliptos vista através da janela pareceu-me hoje ainda mais verde do que antes, tcreio que seja o efeito vida da chuva, talvez até subitamente surjam seres míticos brincando entre as árvores, tal como elfos e fadas.
A tarde hoje só não foi melhor porque eu não estava em casa curtindo o frio da minha gostosa solidão, ouvindo os grossos pingos de chuva caindo na grama, sentindo o cheiro de terra molhada, a tarde estava para ouvir uma música gostosa, ou uma coletânea de músicas gostosas, tanto faz, pois as melhores coisas são para se curtir sozinho, por exemplo, um livro, lido no limiar de uma luz bruxuleante, à tarde de uma renovada vida, regozijada pelo viço da chuva.
Jazz, ou qualquer outro hit que embale o ritmo dos pingos de chuva ao cair no chão, tudo é vida florescendo após um dia tempestuoso, talvez o medo possa tomar conta de nosso eu, a angústia se faz presente diante de nossas limitações, aí nos enredamos no nosso ninho e como se fossemos tenras crianças, fechamo-nos no seio de nossa casa, acalentados por algo que nos lembre que tudo é passageiro, até os dias cinzas e os ventos gélidos das tardes chuvosas.
Boas tardes estas que passamos um pouco com nós mesmos!
Já é de noite aqui no Brasil, e em boa parte do pequeno mundo, já é hora de dormir e sonhar com dias gostosos e temperaturas amenas!

quarta-feira, janeiro 19, 2005

O Retrato de Dorian Gray

Estou lendo um livro maravilhoso, eu o ganhei de alguém muito especial e jamais poderia esquecer dessa pessoa, um grande beijo Nayra, grande mesmo, daqueles que valem por um abraço e por uma lembrança, estou com saudades suas e da turma do colégio!
Bom, o livro que estou (re)lendo chama-se "O Retrato de Dorian Gray"0, do autor inglês Oscar Wilde, muito famoso por suas peças teatrais de grande renome, por exemplo "Salomé", quem já nunca ouviu falar da sensual e perversa mulher que pediu à Heródes a cabeça de João Batista em um prato de prata, por puro orgulho.
Entre tantas outras obras de exacerbado lirismo e senso estético elevado, se encontra a do personagem Dorian Gray, jovem de extrema beleza que serve de modelo para um artista plástico, seu retrato, em tamanho natural, promete ser a obra prima de Basil Hallward, que imediatamente se sente atraído pelos traços helênicos do jovem senhor, enredado Basil não consegue se desvencilhar do jugo que o prende a Dorian. No entanto o senhor Gray se utiliza do quadro fazendo um pacto com a sua sorte, deixando que as marcas do tempo e da vida afetassem apenas o seu retrato. Gray leva uma vida leviana mas seu rosto e seu corpo conservavam a pureza e o brilho da juventude. Ao contrário, o retrato sofria as transformações ocasionadas por uma existência fútil e devassa.
Vale a pena conferir, pois a leitura é gostosa, recheada de muitas passagens interessantes, daquelas de se grifar com o marca texto, além do livro ser bem fino, então até quem não gosta de ler, ou tem preguiça de pegar um volume, vai se deliciar com esta história!
Nesta obra, oscar Wilde conseguiu questionar, com profundidade e vigor, a relação entre arte, beleza e moral.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Casarão do Riacho

Este texto eu o escrevi no ano de 2003 para um trabalho escolar, escola da qual guardo muitas lembranças, pois passei épocas muito boas na E.E. Pe. Antônio Vieira, deixo aqui um abraço para todos os colegas com que tivemos convivência.
Esta poesia eu dedido a professora Cibele, pois foi ela que me apresentou o grande Carlos Drummond de Andrade, da qual o texto seguinte foi baseado em seu poema Resíduo: "De tudo ficou um pouco / Do meu medo. Do teu asco. / Dos gritos gagos. Da rosa / ficou um pouco" (...)
"Um pouco fica oscilando / na embocadura do rio / se os peixes não o evitam, / um pouco: não está nos livros."(...)

Sobre meu rosto passaram
© 2005 - Mário Sousa[ sub-comandante ]


Da grande janela colonial que beira o riacho rotineiro
Sozinho está a despejar suas lembranças amargas
No leito do curso que as recebem cordialmente
Descendo as encostas avante cheias de amarguras, um velho.

Debatendo-se em rochas lá estão uns resquícios de vida
Morrendo afogados nas pequenas corredeiras seixosas
E suas brandas espumas empurram-nas para longe
Longe das vistas de um velho que desabafa às Ondinas.

E algumas árvores são testemunhas desse desabafo lacrimoso
Olham com pesares memórias desmanchado-se nas águas
Resíduos de um velho peregrino sem pátria, bens e família,
Que de um casarão abandonado olha a vida num último instante.

Prevendo sua morte, limpa sua alma dos desprazeres da vida...
Despeja no rio as magoas sentidas das pessoas que já se foram.
De seu grande companheiro de outrora que morreu distante...
Sem o ver na hora de expirar e seus olhos fecharem pela última vez.

Chora ao lembrar de sua mãe que pranteava ao vê-lo partindo
Como queria ter ficado para sempre ao seu lado!
Se soubesse que seria tão trágico o seu fim jamais teria partido
E desejou ter sido sempre uma criança à se tornar um homem largado!

Despejou no rio o medo das noites mal dormidas no grande casarão,
O medo e a ruína lastimável se fez presente por todos os lados
Cria ver pela casa certo alvoroço à noite, como um animado sarau...
Memórias do colonial casarão de um tempo que nunca foi o seu.

Queria morrer em plena luz do sol, mirando o vai e vem das águas,
Queria se jogar de vez ao encontro das sereias que cantarolavam.
A ruína manifestara-se na sua casa, em sua vida e, em seu corpo...
E só lhe restara morrer em suas memórias que ainda resistiam a ela.

Morreu, num dia ensolarado olhando o rolar das águas infindas.
Após ter lançado muito de suas vagas lembranças em desalento
Como um cavaleiro, venceu a vida e descansou no esquecimento...
E do casarão sobrou a lembrança de um velho cigano sem pátria... E

...Sem documento!

O rio... O rio continua seu trajeto perene de despejar suas águas carregadas no mar.

Apresentação

Olá! Me chamo Kleiton Camargo, moro na cidade de São Paulo, no bairro de Perus, tenho 19 anos, faço aniversário no dia 21.07, sou do sígno de cancer e gosto de ouvir músicas e ler romances.
É com muita satisfação que inicio este blog, pois vou fazê-lo com muito esmero, como "A Casa" de Vinicius, um verdadeiro cantinho no meu lar, por exemplo como o meu quarto, pequeno e aconchegante, um lugar gostoso de estar.
Espero que daqui saiam coisas muito boas, que este blog venha ser útil e agradável, não sei se servirá para alguma coisa, muito menos se agradará à alguém, mas o que sei é que nele depositarei um pouco de mim.

terça-feira, janeiro 11, 2005

No Escuro da Floresta

A antiga floresta é mágica, mágica não por ser antiga, mas porque sua beleza é incontestável, uma overdose verde que enche os olhos de quem tem o privilégio de admirar a calmaria de seus domínios. Diria que esta floresta tão antiga é que suas árvores se tornam uma só, pois suas copas sustentam umas as outras, pequenos riachos surgem aqui e ali, com seus pequenos peixes, seres encantados da mata surgem em meio a um relance, desaparecendo logo em seguida, confundindo a nossa mente pequena.
O que será que tem de tão mágico nessa floresta? Brocèliande, será que ainda guarda o cálice sagrado em suas entranhas? Por tantos séculos anteriores nobres cavaleiros andaram por estas terras em busca da mística e sagrada taça dourada, buscavam no mundo algo que poderiam ter encontrado dentro de si mesmos.
No meio das árvores antigas inicia-se agora uma busca, longa jornada que levará ao interior da mente que me toma, lá irei buscar tudo que me assoma, escreverei as idéias mais diversas que porventura surjam assim repentinamente, como um baú de antiga madeira de lei, que sem mais nem menos se abre e se cerra, páginas manuscritas começam a voar no ambiente fechado da floresta sagrada e fixam-se aqui, neste simples blog que não tem nenhuma pretensão de ser algo muito além dos limite de Brocèliande.