sábado, março 05, 2005

Sonhando

Em sonhos eu te disse que admirava o céu em seu estado crepuscular, com suas cores confusas se misturando e refletindo o requiém do Sol, cerimônia de passagem entre o dia e a noite, o céu em suas matizes laranjas, roseas e timidamente azuis, formando assim uma aquarela fortemente aguada, um mármore em efeito e cores que despertam em mim uma terna saudade, como se me despedisse do efêmero momento que jamais voltará, assim eu respondi a sua pergunta. Porém, tu me disseste que achavas o céu magnâmico no desenrolar de sua noite escura, levemente iluminada pelo brilho das estrelas, estrelas estas de varias cores e distâncias, disseste que o céu escuro da noite te inspirava misticismo e que a Lua, grande astro, completava tal quadro de mistério, um lindo quadro de amores e fulguras, pois o que há de mais romântico do que um casal em uma noite enluarada, deste modo respondeste minha pergunta. Agora me vem a conclusão sobre nós dois: tenho o saudosismo de uma tarde em chamas, matizadas de cores múltiplas de puro lamento, de algum modo que me inspire saudade e despedida, já tu tens o romantismo e o frescor das noites estreladas e com seus luares, sobretudo tens o fulgor das noites misteriosas, logo, nós dois, ao sermos de tal modo um só ser, detemos todos os segredos da felicidade, como a saudade e o sentimento efêmero dos apaixonados que se energizam a cada noite romântica e misteriosa, como o subjetivismo causado pelas noites de luares nacarados, subjetivismo este que o misticismo trata de converter a saudade que sinto por tí em amor eterno nas noites que duram a eternidade em teus afagos...

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