domingo, fevereiro 13, 2005

Era uma vez...Chaplin

As vezes eu fico imaginando se Charles Chaplin realmente existiu, será que toda a sua vida não foi uma mera representação da arte que vivia arraigada em sua alma?! Será que alguma vez Chaplin se recordou de recuperar o seu verdadeiro eu que jazia escondido nos mais intimos lugares do seu ser? Sua vida era nada mais do que a mais romantizada novela da vida real, a sublime beleza dos seus atos encantavam ao público que ávidamente assistiam mudos ao grito silencioso de cada lágrima de consolo que escorria dos olhos do sempre amado Charlitos, a cada travessura uma nova doçura e uma nova forma de enxergar uma luz no fim do túnel, e assim a esperança se fazia de novo, na dura vida dos excluídos que à margem da sociedade vivem suas sortes à mercê da compaixão divina.
"Charles Chaplin deu vida a si próprio no cinema, sua arte era a sua própria existência"
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"O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
(...)
"Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!"
trecho "O último discurso"
de “O Grande Ditador” - Charles Chaplin

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